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Digital x Analógico: ferramentas certas podem potencializar (e não substituir) a leitura da lei seca

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  Ao longo dos anos que dediquei aos estudos para concursos jurídicos, vivi (e vi muitos viverem) a armadilha da abundância de materiais e métodos. É fácil se perder em cursos, resumos, mapas mentais, tabelas, podcasts, videoaulas, aplicativos e outras inúmeras ferramentas que, em tese, visam facilitar a vida do concurseiro. Contudo, a realidade é uma só: nenhum método, por mais moderno que seja, substitui a leitura disciplinada e sistemática da lei seca . Os candidatos que buscam atalhos, querendo pular essa etapa fundamental, acabam frustrados, inseguros e, muitas vezes, reprovados. A leitura da lei integral, artigo por artigo, parágrafo por parágrafo, é insubstituível. E quanto antes o candidato entender isso, melhor. No entanto, é importante desfazer um mito perigoso: tecnologia não é inimiga do estudo raiz — pelo contrário, pode ser uma grande aliada quando usada com consciência e estratégia. Ferramentas como o LexLege são exemplos claros dessa nova geração de tecnologias que...

Por que o modelo clássico de prova ainda vai durar muito?

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  Por mais que estejamos cercados de inovações tecnológicas, inteligência artificial generativa e promessas de disrupção em todas as áreas, uma pergunta ainda paira forte entre os concurseiros: por quanto tempo o atual modelo de provas escritas, presenciais e discursivas continuará existindo? Fiz essa pergunta diretamente à inteligência artificial da OpenAI (GPT-4). A resposta me surpreendeu pela sensatez: “Apesar do avanço da tecnologia, o modelo clássico de concurso público — especialmente nas carreiras jurídicas — deve continuar pelo menos até a próxima década. As provas não avaliam apenas conhecimento. Avaliam disciplina, organização mental e domínio técnico sob pressão — competências humanas que a IA ainda não simula nem substitui.” Em outras palavras, o concurso jurídico tradicional não está obsoleto . Ele continua sendo o mais eficiente filtro de candidatos que almejam ocupar cargos de alta responsabilidade, como juiz, promotor, defensor, delegado e procurador. Afinal, quem ...

Videozinho com super dica pode ser uma cilada... e tá tudo bem sem ele, amigo concurseiro

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  Nos últimos tempos, o universo dos concursos jurídicos virou praticamente uma filial da prateleira de autoajuda. Multiplicam-se os vídeos, os “desabafos motivacionais” e os gurus da aprovação que juram ter descoberto o segredo universal, que pode incluir banho gelado, estudar 12 horas líquidas por dia, crossfit, meditação transcendental, tabelas, esquemas, mapas mentais e bullet jornal, com marca-texto em tons pastéis. Mas calma. Se você já tentou seguir um desses scripts mágicos e terminou a semana se sentindo um fracasso por ter engajado zero %, relaxa. Você não está sozinho. A verdade é que a “coachlândia” concurseira pode ser cruel com quem tem um negócio chamado VIDA REAL. E não são é só os coaches que vendem promessas encantadas. Também há os materiais “definitivos”, os PDFs “mais completos do Brasil”, os resumos “infalíveis” e, claro, as ferramentas “revolucionárias” que sugerem nas entrelinhas: você nunca mais vai precisar ler a lei seca. Spoiler: vai sim. Vai muito. ...

IA NÃO FAZ PROVA

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  Já é a era da Inteligência Artificial! Ferramentas prometem sintetizar livros, gerar resumos inteligentes, resolver questões, simular uma banca examinadora. Em verdade, prometem até substituir o concursado. Mas, apesar de todo esse aparato high-tech, existe um território onde a IA ainda não pisa: a prova de concurso jurídico. E não é por falta de tecnologia. É por uma barreira simples, mas intransponível até aqui: na hora da prova, o único hardware liberado é o seu cérebro. Concurso jurídico: offline por essência O concurso jurídico é, por definição, um ritual analógico. Você entra na sala, deixa o celular na mochila e senta-se diante de uma folha de papel, com sua caneta em mãos. As respostas precisam vir sem o apoio do Google, sem ChatGPT, sem prompts mágicos. A performance exigida é crua, cerebral, inteiramente fruto da bagagem que você consolidou nos meses (ou anos) de estudo. Não importa quantas ferramentas de IA você use no seu processo de preparação: no dia D, não há atalh...

Vida de concurseiro: Quando a letra fria da lei é seu cobertor

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  A solidão Ser concurseiro é caminhar sozinho. Sim, há um desafio que poucos comentam abertamente: a solidão. Ela não está apenas nas horas em que a casa silencia, mas também na ausência de compreensão. É difícil explicar para o mundo que você precisa recusar convites, que cada hora de descanso pesa, e que cada dia improdutivo se transforma em culpa. O concurseiro vive em um tempo à parte — onde o futuro é uma promessa distante e o presente, um esforço constante. Enquanto muitos vivem o agora, o concurseiro investe em um depois incerto. E nesse intervalo entre o hoje e o futuro desejado, quem acompanha é a letra fria da lei, os informativos, os sites de questões e simulados, a doutrina impiedosa. Tudo silencioso. Tudo solitário. Mas tudo necessário. É nesse silêncio que nascem a disciplina, a resiliência e, também, a dura casca de quem aprende a seguir mesmo sem aplausos. A vitória, quando vier, será compartilhada — mas o caminho, esse foi trilhado a sós.   A letra ...

Quando começar a viajar e fazer provas?

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  A preparação para concursos jurídicos é, sem dúvida, um desafio sob múltiplos aspectos. Emocional, físico, financeiro, social, intelectual.. Candidatos dedicam anos mergulhados em lei seca, doutrina, jurisprudência, informativos, aulas e simulados. Em meio a esse processo, uma dúvida adicional surge com frequência: “Já devo começar a fazer provas? Vale a pena viajar agora ou ainda é cedo?” O Papel estratégico da prova no processo de aprendizado Ao contrário do que muitos pensam, a prova não é apenas um teste final ou definitivo. Ela pode — e deve — ser parte ativa da sua preparação. Fazer provas, ainda que sem estar 100% pronto, é um termômetro realista da sua evolução. Além disso, concursos jurídicos não são apenas sobre conhecimento, mas sobre resistência emocional, tempo de prova, leitura crítica, técnica de marcação, e administração da ansiedade . Tudo isso se aprende fazendo provas reais . Mas e as viagens? Vale a pena o custo? Quando o edital surge em outro Cidade ou Estado...

Transtornos da Atenção e o Desafio de Ler a Lei com Foco e Estratégia

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A rotina de um candidato a concurso jurídico já é, por si só, exigente. Mas quando somamos a isso um diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou qualquer outro transtorno que afete a concentração, o desafio pode parecer imenso — especialmente diante da necessidade de leitura densa e contínua das leis . Se esse é o seu caso, respire fundo. A boa notícia é que existem ferramentas e estratégias capazes de adaptar o conteúdo à sua mente — e não o contrário . Uma delas é a plataforma LexLege , desenvolvida especialmente para facilitar o estudo da legislação. A seguir, exploramos como ela pode ser uma aliada poderosa para concurseiros com dificuldades de foco . 📘 1. Leitura ativa com preenchimento de lacunas Um dos maiores desafios para quem tem transtorno de atenção é manter o cérebro engajado com o conteúdo. O modo lacunas do LexLege transforma a leitura da lei em um exercício interativo: palavras-chave são omitidas e o estudante precisa pre...

Procrastinação e o monstro invisível da Lei Seca

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Acho que todos concordamos: estudar para concurso não é uma tarefa fácil e nem muito agradável. Mas quando o assunto é lei seca , o negócio vira quase um castigo divino. Seca no nome e no conteúdo. A maioria dos concurseiros começa o dia motivado, muitos planos na mente, café na veia... e termina assistindo vídeo de cachorrinho no Instagram. Por quê? A resposta geralmente é: procrastinação. Não é preguiça pura. É mais sofisticado que isso. A procrastinação nos estudos jurídicos, especialmente na leitura da lei seca, é um mecanismo de fuga do cérebro. Você acorda. Caneta na mão, edital na cabeça. Pensa: “Hoje vai!”. Separa os materiais, abre o Vade Mecum digital… e nada. Vinte minutos olhando pro caput do artigo 1º como se ele fosse um enigma alienígena. Aí vem as distrações. Quando percebe, o dia passou e você leu meia dúzia de artigos — com zero retenção. Clássico. Estudar para concurso é guerra psicológica. E no centro do campo de batalha, está ela: a famigerada lei seca . Não...

LEI SECA, PIRÂMIDE DO APRENDIZADO E OTIMIZAÇÃO DO ESTUDO: recursos ativos e multissensoriais que podem mudar sua história.

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É muito conhecida a pirâmide da aprendizagem de William Glasser (vide ilustração abaixo) e tantos outros estudos que buscam analisar meios de retenção e compreensão do conhecimento. Sem maiores delongas, a mera observação da pirâmide permite concluir que um processo ativo de aprendizagem é desejável, notadamente o ato de ensinar.   Pois bem. Suponha então que você aceitou um convite para ministrar uma aula de Improbidade Administrativa para advogados alunos de uma pós-graduação jurídica. Convite aceito, o que fazer, sobretudo se você não detém todo o conhecimento necessário? Certamente uma das primeiras providências (básica e primária) será ler a Lei nº 8.429/92. Sendo uma aula para iniciados, recomendável também que você faça resumos, observe casos recentes e próximos, discuta os pontos complexos e polêmicos com experts , faça exercícios sobre o tema, busque saber da praxe forense e ministerial, etc. Supondo que você seja...

Carreiras Fiscais e conteúdo jurídico. O que saber antes.

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Art. 37 da CRFB/88 (...) XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado , exercidas por servidores de carreiras específicas , terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. O que se entende por e quais são as carreiras fiscais O dispositivo constitucional acima transcrito não me deixa mentir. Se tem uma coisa que é prioridade para o Estado é a administração (leia-se arrecadação) tributária, eis que daí provém a principal receita derivada que alimenta os cofres públicos. As carreiras fiscais se inserem nesse contexto de primordialidade. Por conta disso, da evidente importância, é que os quadros costumam estar sempre providos ou em vias de provimento e a remuneração é muito atrativa. Por outro lado, a seleção pode ser bem rigorosa e vai e...