IA NÃO FAZ PROVA
E não é por falta de tecnologia. É por uma barreira simples, mas intransponível até aqui: na hora da prova, o único hardware liberado é o seu cérebro.
O concurso jurídico é, por definição, um ritual analógico. Você entra na sala, deixa o celular na mochila e senta-se diante de uma folha de papel, com sua caneta em mãos. As respostas precisam vir sem o apoio do Google, sem ChatGPT, sem prompts mágicos.
A performance exigida é crua, cerebral, inteiramente fruto da bagagem que você consolidou nos meses (ou anos) de estudo.
Não importa quantas ferramentas de IA você use no seu processo de preparação: no dia D, não há atalhos, plug-ins ou apps que possam interceder por você. As provas também não serão multissensoriais no sentido de que estimularão sua memória. O artifício ficou na preparação, na prova, só tinta preta no papel branco.
Você estará sozinho com sua caneta, sua memória e sua tranquilidade.
Claro que a IA (e todo e qualquer recurso tecnológico) pode ajudar — e muito — no caminho até a prova. Pode criar mapas mentais, gerar quizzes, tabelas, revisar jurisprudência atualizada. Mas nada disso substitui o estudo ativo, a leitura da lei seca, o treino exaustivo de questões e a consolidação mental do conteúdo.
No fundo, a inteligência que importa na prova não é artificial.
É a sua. Treinada, resistente, habituada a trabalhar sob pressão.
A falácia do atalho
Muitos candidatos caem na armadilha da dependência tecnológica precoce. Acham que o aplicativo, o resumo gerado pela IA ou o videozinho acelerado vão economizar o caminho duro da consolidação do conteúdo.
Não vão.
Concurso público jurídico continua sendo um jogo de resistência intelectual. De musculação mental. E isso ainda se constrói com o método clássico.
Sim, aquele mesmo: lei seca, questões, jurisprudência, revisão constante e mais lei seca.
Muitos candidatos caem na armadilha da dependência tecnológica precoce. Acham que o aplicativo, o resumo gerado pela IA ou o videozinho acelerado vão economizar o caminho duro da consolidação do conteúdo.
Não vão.
Concurso público jurídico continua sendo um jogo de resistência intelectual. De musculação mental. E isso ainda se constrói com o método clássico.
Sim, aquele mesmo: lei seca, questões, jurisprudência, revisão constante e mais lei seca.
Conclusão: não terceirize o
que é indelegável
No final das contas, a IA não senta no seu lugar na cadeira da prova. Quem senta é você.
E a prova quer saber se o conteúdo está na sua mente, não na nuvem.
Pode usar IA para revisar, organizar, potencializar.
Mas não terceirize aquilo que é indelegável: a absorção real, crítica e sólida do conteúdo.
O concurso jurídico continua, por ora, old school. Se você só tem o new na manga, melhor campear em outras veredas.
No final das contas, a IA não senta no seu lugar na cadeira da prova. Quem senta é você.
E a prova quer saber se o conteúdo está na sua mente, não na nuvem.
Pode usar IA para revisar, organizar, potencializar.
Mas não terceirize aquilo que é indelegável: a absorção real, crítica e sólida do conteúdo.
O concurso jurídico continua, por ora, old school. Se você só tem o new na manga, melhor campear em outras veredas.
Chandler Galvam Lube
Idealizador do LexLege
Mestre em Direitos e Garantias Constitucionais
Aprovado para Promotor de Justiça
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