POV: estudo da lei!

Dizem que todo ponto de vista é apenas a vista de um ponto! Não ouso discordar. Contudo, há certos consensos, notadamente quando o que é visto por todos coincide, mesmo partindo de ângulos distintos. Um exemplo notório no mundo dos concursos jurídicos é: estudar a lei seca é preciso!

As dissonâncias começam no quem, seguem pelo quando e terminam no como. Ou seja, o porquê já temos. Porque isso te faz passar no concurso, só e basta!

[quem] Alguns permitem uma autoexclusão. Acham que podem passar por esse calvário sem as chagas da leitura sistemática da lei. Bom, guardados os casos excepcionalíssimos de altas habilidades e superdotação, não vejo outras exceções. É dizer, se você é um bom estudante, esforçado e medianamente inteligente, a regra é para você também.

[quando] Humm, muitos acham que a lei seca serve apenas à primeira fase dos certames. Certamente é a parte mais visível, mas não a única. 

Conhecer a letra da lei será muito útil na fase de discursivas ou de peças processuais, já que a desenvoltura com os dispositivos legais determina o tempo disponível para elaboração das respostas.

Nas provas orais a letra da lei é mágica! Primeiro ela te dá uma segurança imbatível. Segundo a demonstração de conhecimento da lei encanta o examinador. Não digo citar o número do artigo ou da lei (isso impressiona também, não vou mentir), mas sim o seu conteúdo. Exemplo: Excelência, o CPC preceitua que “não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida”, a isto chamamos de contraditório, que deverá ser substancial... Examinador estremece!

O quando também pode ser questionado a partir do tempo global que o indivíduo tem na praça. Alguns acham que a lei seca é só para os iniciantes. Não, não e não! Primeiro que a lei muda o tempo todo; segundo que sua memória tem limitações e precisa ser nutrida constantemente. A distância da leitura até a data da prova é fator crucial no êxito.

[como] Ah! Aqui está um ponto de tensão bem atual. Florescem inúmeras maneiras de estudar a lei. Com efeito, são mapas mentais, mapeamento, tabelas, comentários, jurisprudência selecionada, artigos mais cobrados, resumos, grifos, canções, anotações do aprovado, papagaio, periquito e gavião.

Regaram tanto a lei seca que ela ficou inundada. Ou então, desidrataram tanto que ela ficou raquítica!  De um lado, você lê muito mais do que precisa, de outro, lê muito menos. Chega! Você precisa resgatar a fórmula dos ancestrais: Comece no art. 1º e prossiga até o art. último.  

Sintetize só nas revisões de véspera. Amplie só nas fases mais avançadas. No mais, a leitura da lei não admite muitas emoções. Admite, contudo, soluções tecnológicas de otimização cognitiva e organizacional.

POV: LEIA VOCÊ, LEIA AGORA E LEIA TODA A LEI.

Chandler Galvam Lube

Aprovado para Membro do MPCE

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